quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Poema de Mário Quintana

A menina bailarina acaba de ganhar este poema, vinha com linda figurinha que se perdeu na distância, agora procuro outra, que satisfaça o desejo de imagem para o sentimento.
A mão, prestes à achar o par, que ainda paira no ar, é também a minha, aberta ás possibilidades, atenta às surpresas, que desatentas possam ser capturadas e vividas.

Dança - Mario Quintana


A menina dança sozinha
por um momento
A menina dança sozinha
com o vento, com o ar, com
o sonho de olhos imensos…
A forma grácil de suas pernas
ele é que as plasma, o seu par
de ar,
de vento,
o seu par fantasma…
Menina de olhos imensos,
tu, agora, paras,
mas a mão ainda erguida
segura ainda no ar
o hástil invisível
deste poema!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

O primeiro palco da menina bailarina

Foi num palco improvisado, á beira d'água,
num daqueles festivais, quando o ano findava.
Não me lembro mais do figurino, e não há dele registros.
A música era Tchaikowsky,
um estridente trecho do Quebra Nozes.
E eu ali tão pequenina,
amiudando os passos na primeira fila,
sabia a coreografia, sempre sabia,
tinha medo era de cair na piscina.

sábado, 14 de agosto de 2010

O nascimento da menina

A menina bailarina nasceu aos 4 anos de colant preto e meia rosa, sapatilhas pretas, fita torturante no cabelo, sem titi, nem sainha, que isso são lindas frescuras modernas.
Os olhos brilhantes de sempre, o interesse, o prazer.
Na sala a barra, o espelho e o som mecânico.
A tia ainda uma fada.